03/06/2025
Os presentes do Dia dos Namorados devem pesar mais no bolso dos curitibanos este ano. Análise do Departamento de Economia da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), com base no IPCA-15 do IBGE, mostra que a inflação acumulada em 12 meses para os itens tradicionalmente mais presenteados na data foi de 6,62% em Curitiba e Região Metropolitana, percentual superior à média nacional, de 5,93%.
Entre os produtos com maior alta, destacam-se as joias e bijuterias, que registraram aumento de 26,65% no período. Em seguida aparecem chocolate (+19,41%), sapato feminino (+13,76%), perfume (+10,19%) e jantar (+9,02%). Também subiram os valores de produtos para cabelo (+4,19%) e artigos de maquiagem (+4,06%).
Os itens direcionados ao público masculino não ficaram de fora da majoração de preços: o sapato masculino teve alta de 4,71%, as roupas masculinas subiram 4,05% e os produtos para barba, 3,68%.
Até o vinho, para brindar com o(a) companheiro(a), ficou mais caro, com inflação de 5,80%, assim como outras bebidas alcoólicas (+4,58%).
Por outro lado, alguns itens apresentaram queda nos preços em relação ao mesmo período de 2024, como bolsas (-1,59%) e pacotes turísticos (-8,52%), que podem representar uma alternativa de presente com melhor custo-benefício.
Segundo o economista da Fecomércio PR, Lucas Dezordi, a alta dos preços está associada a fatores macroeconômicos, especialmente ao cenário cambial. “A forte depreciação do real nos últimos 12 meses pressionou os preços de produtos que dependem de componentes importados, como joias, perfumes e chocolates. Isso evidencia um encarecimento geral do custo de vida para os consumidores, o que se reflete diretamente no comércio de datas comemorativas”, explica.
Apesar do aumento de preços, a data continua movimentando o varejo. De acordo com sondagem realizada pela Fecomércio PR em parceria com o Sebrae/PR, 39,4% dos paranaenses afirmaram que pretendem presentear alguém no Dia dos Namorados. Para Dezordi, o índice menos expressivo está diretamente relacionado à ausência de um par romântico. “Uma parcela expressiva de 34,5% declara não ter namorado(a) ou companheiro(a), o que ajuda a explicar a menor intenção de compra do que em outras datas sazonais do varejo. Ainda assim, o envolvimento emocional com a data garante a movimentação no setor de bens, serviços e turismo”, afirma. Segundo o economista, diante do cenário inflacionário, o consumidor deve realizar pesquisas de preços antes de realizar suas compras e buscar opções que equilibrem desejo e orçamento, sem abrir mão do romantismo da data.
Karla Santin – jornalismo@fecomerciopr.com.br | (41) 3883-4530 – WhatsApp (41) 99236-3335
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