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41,5% dos empresários do setor terciário possuem expectativas desfavoráveis para o 2º semestre

Pesquisa da Fecomércio PR revela que 82,7% das empresas do comércio de bens, serviços e turismo do Paraná foram afetadas pela pandemia

30/07/2020

Diante do cenário atual, o setor terciário paranaense está pessimista com relação aos negócios neste segundo semestre. Segundo a Pesquisa de Opinião do Empresário, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), 41,5% dos empresários do Estado possuem expectativas desfavoráveis de vendas para os próximos meses.

Com 30,6%, o otimismo dos empreendedores paranaenses caiu para seu menor índice em onze anos da pesquisa, chegando praticamente ao mesmo patamar do auge da crise política no 1º semestre de 2016 (30,7%).

Comércio x Serviços x Turismo

As expectativas favoráveis caíram sensivelmente nos três setores avaliados, mas o mais afetado foi o turismo, no qual o tradicional otimismo deu lugar ao descrédito (51,1%) e à incerteza (37,8%). Apenas 11,1% dos empresários que atuam em atividades turísticas possuem opinião favorável para este 2º semestre do ano. Isso representa uma queda de 65,79 pontos percentuais em relação ao índice de expectativas favoráveis registrado no início do ano, que era de 76,9%, mas foi radicalmente modificado com a pandemia.

Entre os comerciantes o otimismo é um pouco maior. Os 40,9% de opiniões favoráveis superam os 36,0% de expectativas desfavoráveis. Já os prestadores de serviços se sentem menos confiantes com relação ao faturamento nos meses restantes de 2020, sendo que 42,4% acreditam que a receita será menor, ante os 29,1% que esperam por tempos mais promissores.

Impactos do coronavírus

A pesquisa da Fecomércio PR revela que 82,7% das empresas do setor terciário do Paraná tiveram redução nas suas receitas. Os efeitos da pandemia do novo coronavírus para o comércio de bens, serviços e turismo são implacáveis: 26,4% dos empresários entrevistados relatam redução no faturamento em mais de 75%; para 16,1% das empresas a redução no movimento está entre 50% e 75%; outros 20,3% dos empreendedores dizem que a queda na lucratividade tem sido entre 25% e 50%; e 15,3% relatam redução no faturamento em até 25%. Também há aqueles (4,6%) que tiveram suas receitas totalmente comprometidas pela crise causada pela explosão dos casos de Covid-19.

Por outro lado, 9,9% das empresas avaliadas dizem que não tiveram impacto algum no fluxo de caixa e 5,2% até tiveram aumento no faturamento.

Regiões

A região mais otimista é Londrina, com 40,4%, ante 36,2% de expectativas desfavoráveis. O menor índice de confiança é registrado em Maringá, com 25,8%, uma mudança radical em relação ao 1º semestre do ano, quando esta região possuía o maior número de expectativas favoráveis do Estado, com 82,4%. A parcela de opiniões desfavoráveis entre os empresários maringaenses corresponde a 40,9%.

Mas este não é o maior índice de expectativas desfavoráveis. Os piores resultados são registrados em Curitiba e Região Metropolitana, com 44,8% de avaliações desfavoráveis sobre o faturamento neste segundo semestre, contra 27,4% de expectativas favoráveis.

Em Ponta Grossa as opiniões positivas somam 39,4% e ainda superam as negativas, que correspondem a 35,1%.

Nas demais regiões, as expectativas desfavoráveis se sobressaem: No Oeste, 31,2% dos empresários estão otimistas, enquanto 38,5% acreditam que o faturamento será menor, e no Sudoeste, 29,1% das empresas estão confiantes, mas 41,8% vislumbram um futuro desfavorável.

Dificuldades

As principais dificuldades citadas pelos empresários são: instabilidade econômica (80,1%), clientes descapitalizados (57,2%), falta de capital de giro (34,6%) e carga tributária (22,5%). Os problemas que mais cresceram em comparação com pesquisa relativa ao 1º semestre de 2020 foram instabilidade econômica (41,9 pontos percentuais), clientes descapitalizados (24,2 pontos percentuais) e capital de giro (9,1 pontos percentuais).

Investimentos

Apesar de tudo, 34,4% dos empresários planejam realizar investimentos, principalmente na reforma e modernização das instalações (47,6%), sendo que algumas dessas melhorias precisarão ser feitas justamente para adequar as atividades às normas sanitárias vigentes e ao “novo normal”.

O novo contexto trazido pela pandemia para os negócios também motivará investimentos em publicidade (38,4%), além da área de informática (34,9%), principalmente com a implantação do e-commerce para as vendas digitais, nova linha de produtos (31,8%) frente às novas demandas e prioridades dos consumidores e, claro, capacitação da equipe (29,5%).

Colaboradores

Mesmo com as dificuldades enfrentadas nos últimos meses, 35,0% das empresas manterão o número de colaboradores e 17,8% inclusive pretendem contratar. A parcela de gestores que terá que reduzir o quadro funcional é de 15,3%.

GRÁFICOS REGIONAIS

 

Assessoria de Imprensa

Karla Santin – jornalismo@fecomerciopr.com.br | (41) 99555-5120

Publicado por Karla Santin

30/07/2020 às 09:14

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