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Inflação desacelera e fica em 0,30% em Curitiba e Região Metropolitana no mês de maio

Tomate, feijão preto, laranja e até o cobiçado azeite de oliva baixaram de preço, aliviando a conta do supermercado

13/06/2025

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou inflação de 0,26% no Brasil em maio e de 0,30% em Curitiba e Região Metropolitana (RMC) no mesmo período.

De acordo com o Boletim da Inflação, elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), nacionalmente, o grupo Habitação foi o principal responsável pelo aumento do IPCA no mês, com variação de 1,19%. O avanço foi influenciado pela adoção da bandeira tarifária amarela, que adicionou R$ 1,885 à conta de luz a cada 100 kWh consumidos. Como resultado, a energia elétrica residencial subiu 3,62% e teve o maior impacto individual no índice nacional de maio.

Já o grupo Alimentação e bebidas, o de maior peso no índice, desacelerou de 0,82% em abril para 0,17% em maio. A alimentação no domicílio teve queda ainda mais acentuada, passando de 0,83% para apenas 0,02%. Contribuíram para esse resultado as quedas nos preços do tomate (-13,52%), do arroz (-4,00%), do ovo de galinha (-3,98%) e das frutas (-1,67%).

O economista e assessor econômico da Fecomércio PR, Lucas Dezordi, esclarece que com a recente queda na taxa de câmbio e a boa safra, os alimentos tendem a desacelerar de preços nos próximos meses.

Em 12 meses, o IPCA geral acumulou inflação de 5,32% na economia brasileira e de 5,23% em Curitiba e Região Metropolitana, superando o teto da meta de inflação, fixado em 4,50%. “A inflação segue resiliente e deverá encerrar o ano de 2025 ainda acima do limite da meta. Com esse cenário, a política monetária tende a permanecer restritiva por mais tempo”, analisa.

Maiores altas e quedas do IPCA Curitiba em maio

Em Curitiba e Região Metropolitana, os produtos com maiores altas em maio em comparação ao mês anterior foram a cebola (+17,28%), batata-inglesa (+8,01%), manga (+6,12%), patinho (+4,46%), correio (+3,92%), alcatra (+3,83%), agasalho masculino (+3,71%) e milho verde em conserva (+3,64%). Segundo Dezordi, a inflação nos preços da batata e do tomate é consequência da entressafra, mas a tendência é de queda ao longo do ano.

Entre os itens que mais recuaram no mês estão o tomate (-17,33%), passagem aérea (-10,13%), melão (-8,15%), feijão preto (-7,63%), laranja-pera (-5,47%), ar-condicionado (-5,20%) e azeite de oliva (-4,05%). “A inflação das frutas perdeu força em maio, com expectativa de continuidade dessa desaceleração. Destaca-se também a queda no preço do azeite, reflexo da recuperação da produção mundial”, observa o economista.

Maiores altas e quedas do IPCA Curitiba no acumulado no ano (janeiro a maio)

No acumulado de janeiro a maio, os produtos mais inflacionados em Curitiba e RM foram manga (+52,77%), café moído (+47,75%), ovo de galinha (+32,73%), batata-inglesa (+29,97%), tomate (+23,89%) e repolho (+21,60%).

Já as reduções mais expressivas de preços ocorreram em passagem aérea (-28,44%), feijão preto (-23,03%), banana d’água (-14,05%), arroz (-12,38%), pacote turístico (-10,07%) e tilápia (-10,02%).

Maiores altas e quedas do IPCA Curitiba nos últimos 12 meses

O período de estiagem e as queimadas culminou em um choque de oferta adverso na economia brasileira, com efeitos negativos sobre a produção de alimentos sensíveis à esta condição climática.

Em Curitiba não foi diferente, e os alimentos sensíveis à estiagem também aumentaram de preços. Nos últimos 12 meses, o café moído subiu 90,16%, acompanhado da tangerina (+46,55%), capa de filé (+38,40%), alcatra (+35,28%), chã de dentro, também conhecido como coxão mole (+26,93%) e carne de porco (+24,93%). “Seguindo a tendência nacional, os alimentos em Curitiba e Região Metropolitana estão pressionando os preços para cima. As queimadas reduziram a pastagem e o preço das carnes aumentou consideravelmente”, analisa Lucas Dezordi. “Nos próximos meses, os preços tendem a se estabilizar”, pondera.

Já os itens com menor variação no período foram cebola (-49,11%), cenoura (-38,09%), batata-inglesa (-33,75%), melão (-26,35%), feijão-preto (-21,87%), mamão (-20,97%), peixe-tilápia (-19,14%) e tomate (-15,25%).

BOLETIM DA INFLAÇÃO

 

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Publicado por Karla Santin

13/06/2025 às 09:54

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