Após escalada por nove meses consecutivos, o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) paranaenses caiu em abril. De acordo com a pesquisa elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), o indicador baixou 0,8% de março para abril e marca 103,2 pontos. Mesmo com a queda deste mês, o ICF se mantém em patamar considerado satisfatório, por estar acima dos 100 pontos. Quando comparado ao mesmo mês do ano anterior, registra alta de 8,9%.

Entre os sete fatores avaliados para composição da ICF, tiveram elevação mensal Emprego Atual (1,5%), Perspectiva Profissional (2,7%), Renda Atual (1,6%) e Acesso ao crédito (1,4%). Já os quesitos Nível de Consumo Atual (-1,3%), Perspectiva de Consumo (-6,6%) e Momento para Duráveis (-10,1%) tiveram redução de março para abril.

Na média nacional, o indicador cresceu 2,7% em abril na comparação com março e aumentou 11,1% na variação anual.

Momento para Duráveis

As famílias de menor renda são as que mais pretendem reduzir o gasto com bens duráveis, com queda de 12,6% neste indicador, ante redução de 0,4% entre as famílias com renda acima de dez salários mínimos.

Desde o período pré-pandêmico, a curva do subíndice Bens Duráveis vem, entre altos e baixos, em linha decrescente. Na comparação anual, Momento para Duráveis apresentou queda de 25,2%.

Outro aspecto relacionado, o Acesso ao Crédito, retraiu 3,2% na comparação com o mesmo mês de 2021. Isso pode ser explicado pelo encarecimento do crédito provocado pelo aumento constante da Selic, realizado pelo Banco Central como forma de controlar a inflação.

Emprego

Quando perguntados sobre o fator Emprego Atual, que avalia a situação atual em relação ao ano anterior, 43,2% dos entrevistados responderam que a situação é a mesma, com tendência de melhora. Esse subindicador mantém o ritmo de crescimento pelo sétimo mês consecutivo.

O aspecto Perspectiva Profissional do trabalhador paranaense também está em alta, principalmente na comparação com o ano passado, que registrou aumento de 28,3% e de 2,7% na variação mensal. É o terceiro mês consecutivo que o indicador se mantém no patamar satisfatório e o oitavo mês de crescimento. Esta também foi a maior variação mensal entre os subindicadores, tanto no Paraná (2,7%) quanto na média nacional (5,7%).

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