Após altas consecutivas desde janeiro deste ano, reduziu o número de endividados no Paraná. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC) e divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio PR), mostra que em abril 85,6% das famílias estão endividadas no Estado, enquanto em março era de 88,8%.

O percentual de pessoas com contas em atraso apresentou leve queda, passando de 25,7% em março para 25,2% em abril. A inadimplência também baixou e ficou em 9,2% em abril, ante 10,4% em março.

O maior nível de endividamento está entre as classes A e B, nas quais 24,7% dos entrevistados dizem estar muito endividados. Nas classes C, D e E 15,5% das famílias estão com a renda mensal muito comprometida com dívidas.

Com relação aos tipos de dívida, o cartão de crédito concentra a maior parte dos parcelamentos e é a opção de 67,7% dos paranaenses. Em seguida vêm o financiamento de veículos, com 13,9%, e o financiamento imobiliário, com 6,9%. Os carnês também foram citados por 6,2% do total de entrevistados, mas sua utilização é mais frequente entre as famílias com renda até dez salários mínimos, com 7%, ante 2,5% entre aqueles com renda superior a esse patamar.

O número de pessoas com contas em atraso é maior nas classes C, D e E, com 33% e, apesar da redução da inadimplência, 41,3% desses consumidores afirmam que não terão condições de pagar as contas atrasadas no próximo mês. Já nas classes A e B, o índice de atraso é 12,7%, sendo que 15% não terão condições de arcar com seus compromissos financeiros.

O tempo médio de atraso no pagamento das dívidas registrado na pesquisa de abril é de 57 dias, sendo mais acentuado entre as famílias com rendimentos de até dez salários mínimos, nas quais 48,5% possuem algum tipo de conta vencida há mais de 90 dias. Já na maioria das famílias com renda superior a dez salários mínimos, 55%, o atraso no pagamento das dívidas não passa de um mês.

No quesito tempo de comprometimento com dívidas, praticamente não há diferença entre as classes econômicas. Em geral, 50,6% dos consumidores paranaenses permanecem mais de um ano com o orçamento comprometido com compras parceladas.

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