O número de paranaenses endividados se manteve praticamente estável em julho, conforme dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR).

Neste mês, 89,7% das famílias estão endividadas no Estado, ante 88,7% em junho. Em julho de 2013, 87,2% da população possuia algum tipo de dívidas. Os consumidores que estão com contas em atraso somam 25%. Em junho, a demora no pagamento era citada por 27,6% dos entrevistados e por 21,7% em julho de 2013.

O estudo aponta redução no percentual de pessoas que não terão condições de pagar suas dívidas, que passou de 9,9% em junho para 7,7%. Em julho de 2013 a parcela que não conseguia cumprir seus compromissos financeiros era de 10,3%.

Outro fator positivo diz respeito à inadimplência, definida pelo Banco Central (BC) como atraso acima de 90 dias: 38,7% das famílias pesquisadas relataram que seus débitos ultrapassam esse prazo, o que representa queda em relação ao mês passado, com 42,2%, e em comparação a julho de 2013, quando a inadimplência atingia 48,7% dos consumidores. Essa diferença no percentual de consumidores com contas atrasadas por mais de 90 dias pode evidenciar que o consumidor esteja quitando seus débitos antigos antes de gastar novamente. O percentual de inadimplentes é maior entre as famílias com renda de até dez salários mínimos, com 44,5%, ante 29,2% entre aqueles com renda acima de dez salários mínimos.

No entanto, o percentual de pessoas que se consideram muito endividadas aumentou de 23,3% em junho para 25,3% em julho. No mesmo mês do ano anterior, o alto grau de endividamento era relatado por 14,9% dos consumidores. Os que se consideram como mais ou menos endividados são 47,4%, os pouco endividados somam 17% e 10,3% afirmam que não possuem dívidas.

O cartão de crédito é o principal motivo das dívidas dos paranaenses em julho, com 64,2%, seguido pelo financiamento de veículos, com 14,4%, e pelo financiamento imobiliário, com 9,4%. O tempo médio de comprometimento com as dívidas é de 7,6 meses e a parcela média da renda comprometida com débitos é de 31,2%.

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Karla Santin – karla@pr.senac.br