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Salários mais altos e poder de crédito elevam percentual de endividamento das famílias paranaenses

O total de famílias endividadas do estado em junho aumentou, tanto na comparação com maio como em relação ao ano anterior. Segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo […]

10/07/2019

O total de famílias endividadas do estado em junho aumentou, tanto na comparação com maio como em relação ao ano anterior. Segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), 90,6% dos paranaenses possuem algum tipo de dívida.

As contas em atraso, que abrangem 28,5% dos endividados, e a falta de condições de pagamento, que atinge a 10,4% das famílias com contas atrasadas, também sofreram aumento mensal. Na comparação anual, as contas atrasadas tiveram recuo e a condição de quitação das dívidas permaneceu estável.

No cenário nacional também houve alta no percentual de famílias endividadas com relação ao mês anterior e com relação a junho de 2018. A média nacional de endividamento ficou em 64% da população no mês de junho. O percentual de famílias com contas em atraso retraiu no comparativo mensal e, com relação ao ano anterior, ficou estável.  Dados nacionais também mostram estabilidade nas condições de pagamento na comparação com o ano passado.

Nível de endividamento

As famílias paranaenses com renda acima de dez salários mínimos são as mais endividadas, com 96,4%. Entre as famílias com rendimentos até dez salários mínimos, o percentual de endividamento é de 89,3%.

De forma geral, o paranaense considera ter nível moderado de dívidas, sendo que 45,5% dos consumidores acreditam estar mais ou menos endividados.

Já a parcela de consumidores que possui a sensação de estar muito endividada também é maior entre as classes A e B, entre as quais o índice equivale a 33,5%, ante 27,6% nas famílias de menor renda.

O índice de consumidores que poderiam ter seus cadastros de pessoa física (CPF’s) inclusos no sistema de proteção de crédito, por ter contas com mais de 90 dias de atraso, subiu de 41,3% em maio para 42,7% em junho. O atraso no pagamento entre 30 e 90 dias corresponde a 23,4% dos endividados e os que estão com as contas atrasadas em até 30 dias são 33,9%.

Nas famílias com renda de dez salários mínimos ou mais, a inadimplência aumentou e progrediu de 28,6% em maio para 29,2% em junho.

A média de tempo de comprometimento com as dívidas é de 6,5 meses. A maioria das famílias está endividada por até três meses (46,3%). As dívidas de mais de um ano abrangem 40,5% das famílias do estado; entre 6 meses e 1 ano, 7,1%, e entre 3 e 6 meses, 5,5%.

Com relação aos tipos de dívidas, o cartão de crédito foi apontado em primeiro lugar, com 73,2%, mas teve queda com relação ao mês anterior (75%). Para as famílias com renda até dez salários mínimos, o cartão de crédito foi concentrou 72,7% das dívidas. Já para as famílias com renda de dez salários mínimos ou mais, o percentual de dívidas realizadas no cartão de crédito foi de 75,2%.

Os financiamentos de automóveis e imóveis aparecem em seguida, concentrando 8,8% e 8,5% do endividamento das famílias, respectivamente. Os carnês são motivos de endividamento para 2,8%; crédito pessoal para 2,3%, enquanto o crédito consignado corresponde a 1,5%.

Texto: Karla Santin

Publicado por admin

10/07/2019 às 15:47

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