16/07/2013
O varejo do Paraná se recuperou no mês de maio, com alta de 4,12% sobre abril, que havia fechado no vermelho. Em relação ao mesmo mês de 2012, o aumento foi 5,75%, e no acumulado do ano o crescimento foi 7,78%. Os números são da Pesquisa Conjuntural realizada pela Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio PR), que acompanha mensalmente a performance do comércio paranaense de forma regionalizada.
O grande responsável pelo bom desempenho foi o Dia das Mães, a segunda maior data de vendas do ano. Não é à toa que os setores que tiveram o maior faturamento em relação ao mês anterior foram o de vestuário (21,78%), calçados (17,77%), óticas (13,55%) e tecidos (12,49%). Além da data especial para as mães e para o comércio, as liquidações de primavera-verão nas lojas de vestuário, calçados e tecidos estimularam as vendas.
Mesmo tendo na ficado dianteira no mês de maio, o desempenho dos setores de vestuário e calçados está abaixo do verificado nos cinco primeiros meses de 2012, pois ambos enfrentam a concorrência de outros ramos do varejo que vendem os mesmos produtos, e do gradativo aumento das compras pela internet, não mensuradas na pesquisa.
As lojas de tecidos ganharam notoriedade neste ano e atraem cada vez mais compradores em função da ocupação de imóveis residenciais, comerciais e reformas, em paralelo à melhoria de renda. As empresas buscam se adequar ao novo perfil de mercado e ampliaram a gama de produtos, incluindo cortinas, carpetes, tapetes, cama-mesa-banho, sofás, papéis de parede e novos padrões. Em oposição, a oferta de tecidos para confecção de vestuário masculino, feminino e infantil tem apresentado queda significativa, diretamente proporcional à predominância de novos hábitos da população e da escassez de mão de obra especializada (alfaiates e costureiras).
Outras variáveis conjunturais são importantes para o resultado verificado, entre elas o contexto econômico de pleno emprego, e o bom desempenho do agronegócio, que atua no aquecimento da demanda sobre o comércio em cidades interioranas.
Já no acumulado do ano (janeiro a maio), os melhores desempenhos são registrados pelos segmentos de óticas (17,51%), concessionárias de veículos (15,58%), supermercados (12,82%) e combustíveis e lubrificantes (12,41%).
Apesar do saldo positivo até agora, surgem no contexto econômico indicadores que elevam a preocupação dos empresários do comércio a respeito das vendas no ano. As expectativas iniciais positivas para o primeiro semestre estão minguando. Nesse sentido, contribuem a inflação acima das previsões oficiais, o pequeno crescimento do PIB no primeiro trimestre que foi de apenas 0,6%, a queda na balança comercial, a valorização do dólar e a insuficiência de investimentos estrangeiro no país.
Verifica-se também que estímulos à demanda e facilidades de mercado no ano anterior levaram consumidores a anteciparem compras e esgotarem parcela da demanda efetiva no atual momento, restringindo a capacidade de consumo porque já realizou suas compras, em especial de produtos de maior valor unitário.
A pesquisa completa, incluindo os dados das regiões do estado, já está disponível nest link.
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