Hoje, 20 de novembro, comemora-se o Dia da Consciência Negra. É uma data especial na qual podemos saudar quem muito faz pelo desenvolvimento brasileiro, desde o século XVI.

O país está impregnado pela cultura negra. Não seríamos Brasil se não fôssemos produto desta fantástica miscigenação formada por índios, negros, portugueses, árabes, judeus, franceses, italianos, poloneses, ucranianos, japoneses, latino-americanos, ingleses e tantas outras raça que moldaram a mistura étnica que se chama o povo brasileiro.

Dentre todos, os negros se destacam pela amplitude da sua distribuição no território nacional. Vindos de diferentes pontos da costa africana, na condição degradante de escravos, afastados compulsoriamente de sua terra e de seus valores, souberam, como nenhum outro povo, transformar a tragédia histórica em um conjunto de contribuições econômicas e culturais que hoje são indispensáveis para que se conheça e se entenda o Brasil.

A cultura negra está presente em todos os cantos e recantos do país. Da culinária às vestimentas, da música à literatura, da engenharia à economia, das artes às religiões, da ciência ao esporte. Este legado tornou-se indissociável para nós, herança maior de grandes figuras da História, como Zumbi, Ganga Zumba, Henrique Dias, Chica da Silva e os irmãos Antônio e André Rebouças, para lembrar apenas uns poucos entre muitos.

Louvar a influência negra é cultuar os verdadeiros valores que compõem a população brasileira. A riqueza dos costumes, a alegria de viver, a solidariedade, a grandeza de espírito.

Obrigado aos milhões de brasileiros e brasileiras que distribuíram os genes africanos de forma tão generosa, para que nos tornássemos filhos dessa miscigenação que nos faz ser o que somos. Para sempre, um só povo.

Darci Piana

Presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná