O índice Intenção de Consumo das Famílias (ICF) alcançou 88,8 pontos no Paraná em agosto, o pior índice em seis anos, quando teve início a pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). Na comparação com agosto do ano passado, o indicador teve redução de -34,46%. Também houve diminuição de -7,32% em relação ao mês de julho, apresentando a nona queda consecutiva.

O freio no consumo é mais acentuado entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos, cujo indicador ficou em 86,7 pontos, enquanto nas famílias com renda inferior, o indicador é de 89,3 pontos. Mesmo com o declínio gradativo, o ICF do Paraná está acima da média brasileira, que ficou em 81,8 pontos em agosto e registrou queda de 32,3% em relação ao mesmo mês de 2014.

Dos sete itens analisados pela pesquisa, apenas a Satisfação com o emprego atual (114,8 pontos) e a Situação da renda (155,9 pontos) ficaram acima de 100 pontos, o que indica uma percepção pessimista.

Emprego
Apenas 33,3% dos paranaenses acreditam que terão alguma melhora profissional nos próximos seis meses. No mesmo mês de 2014, a boa perspectiva no emprego era citada por 40,3% dos consumidores.

Acesso ao crédito
Para 46,4% dos entrevistados, o acesso a crédito ou a empréstimos está mais difícil do que no ano passado, bem diferente do resultado de agosto de 2014, quando a percepção de acesso ao crédito era positiva para 72,8%.

Consumo atual e futuro
Segundo 53,1%, a família está comprando menos do que em igual período do ano passado. E essa redução no ritmo do consumo das famílias perdurará pelos próximos meses segundo 79,8% dos consumidores. Por consequência, 52,8% avaliam que este é um mau momento para a compra de bens duráveis, tais como eletrodomésticos, televisores e eletroeletrônicos.

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Karla Santin – karla@pr.senac.br